<meta name='google-adsense-platform-account' content='ca-host-pub-1556223355139109'/> <meta name='google-adsense-platform-domain' content='blogspot.com'/> <!-- --><style type="text/css">@import url(https://www.blogger.com/static/v1/v-css/navbar/3334278262-classic.css); div.b-mobile {display:none;} </style> </head><body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d11751586\x26blogName\x3db.ponto\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLACK\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://beponto.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://beponto.blogspot.com/\x26vt\x3d-7450663410513144746', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

Embora o apartamento fosse pequeno e não requeresse muito trabalho, Clara perdia boa parte do dia dentro de conduções - seis ao todo. Entretanto, nas últimas semanas, nada lhe era mais gratificante. - Doce vingança - pensava. Abria as janelas logo no começo da manhã, tirava os lençóis da cama e colocava pra lavar junto com as roupas sujas, espanava o pó dos móveis e das paredes, limpava o chão da cozinha e do banheiro, estendia a roupa limpa, aspirava todo o carpete, passava as roupas secas e, por último, prendia um punhado de fios de cabelo que encontrava soltos pelo apartamento com um caule maleável de Jequiriti seco, temperava-o com ricina extraída das sementes do Pinhão-de-Purga e sal grosso, mergulhava-o numa solução de sangue de cabrito dentro de um minúsculo frasco de vidro - o qual escondia com muito cuidado no fundo da gaveta de meias - e esperava o horário em que o proprietário retornasse, sempre com o mesmo discurso:
- Clara, valha-me Deus. Esqueci que já era começo de mês e não passei no banco, acredita? Eu e minha cabeça. Mas, por sorte, tenho uns quarenta reais aqui na carteira comigo. Espero que você me perdoe. Semana que vem eu trago o restante, ok?
Clara concordava sorrindo todas ás vezes - o que intrigava o proprietário - e saía em passos firmes.
Ele nunca trazia o restante.

03/janeiro/2007