Revisava algumas anotações antigas que deixei separado caso, eventualmente, tivesse o interesse em publicá-las em um livro de curiosidades sobre a minha profissão. A maioria das notas refere-se a consultas antigas, dos meus primeiros anos de formada. Outras são bem recentes, culpadas por despertar em mim lembranças para a idéia, já adormecida, do livro que mencionei há pouco.
Um dos meus primeiros pacientes era ventríloquo (trabalhei bem próximo a uma escola de circo por três anos). Certa noite, ele havia retornado pra casa depois de uma grande festa, completamente bêbado, e acompanhado por uma colega contorcionista – mais bêbada ainda. Os dois se jogaram sobre o sofá para um momento de carícias e sexo quando, infelizmente, meu paciente teve problemas em se manter excitado. Completamente bêbados, ambos riram da situação, e a colega contorcionista foi “consolar” o pênis desiludido. Aproveitando a brincadeira, meu paciente usou técnicas de ventriloquismo para tirar palavras de seu membro sexual e entrar no jogo. O que começou como uma brincadeira, foi se transformando em algo sério, e o pênis falante se demonstrou um excelente psicólogo, auxiliando meu cliente e sua colega a realizarem o ato que deixaram por incompleto. Feliz pelo desempenho, meu cliente continuou sua vida normalmente, usando com freqüência suas habilidades, e os conselhos de seu companheiro psicólogo, nos momentos de intimidade com as damas. Para sua infelicidade, a situação saiu do controle e o pênis falante começou a dominar suas relações sexuais e a fazer greves como demonstração de protesto. Desiludido e desacreditado, ele veio me procurar pra que, juntos, conseguíssemos reverter essa situação. Lembro que conseguimos; de certa maneira.
Outro paciente que tive na mesma época (e que também trabalhava no circo) havia sido um mágico muito famoso durante os anos 70. Ele teve um trauma recente que vinha lhe impedindo de realizar seus números de magia durante suas apresentações. Por ser um senhor muito reservado, me lembro de ter demorado 5 meses pra descobrir a origem de seu trauma; e mais 2 anos para ajudá-lo a superá-lo. Em uma certa noite, a atriz com quem namorava lhe fez um pequeno pedido, que envolvia strip-tease, algemas e algumas frutas. Mesmo envergonhado e recatado, ele aceitou, e no final de sua demonstração ridícula de falta de coordenação e total desconhecimento de técnicas de danças, resolveu enfeitar com um inesperado passe de mágica. Virou-se de costas para a parede, onde a luz refletia sua sombra em proporções gigantescas, abaixou-se e tirou um coelho do anus. A namorada nunca mais lhe dirigiu a palavra e, desde então, a vergonha lhe impedia de fazer qualquer coisa. Até de tomar banho.
Meu último paciente participou, não por sua vontade, desses ‘realities shows’ que inundam nossa programação televisiva diária. A namorada dele, na intenção de presenteá-lo, contatou o programa e armou tudo. Eles deram um jeito de guinchar o carro dele para, 1 semana depois, devolvê-lo totalmente modificado; e sem que ele suspeite de qualquer coisa. Essa era a idéia do programa. Mas, para que ele não ficasse sem locomoção, o programa lhe concedia um 'carro reserva', cheio de câmeras escondidas para registrarem seu descontentamento diário. Os telespectadores e a namorada se divertiam enquanto ele reclamava e xingava a desgraça que era o carro reserva... até o dia em que ele saiu com a melhor amiga da namorada e os dois fizeram sexo no apertado banco de passageiro do minúsculo veículo; até nessa hora ele reclamou. Perdeu a namorada em rede nacional. Pelo menos, o carro dele retornou, e a reforma havia sido sensacional.
Um dos meus primeiros pacientes era ventríloquo (trabalhei bem próximo a uma escola de circo por três anos). Certa noite, ele havia retornado pra casa depois de uma grande festa, completamente bêbado, e acompanhado por uma colega contorcionista – mais bêbada ainda. Os dois se jogaram sobre o sofá para um momento de carícias e sexo quando, infelizmente, meu paciente teve problemas em se manter excitado. Completamente bêbados, ambos riram da situação, e a colega contorcionista foi “consolar” o pênis desiludido. Aproveitando a brincadeira, meu paciente usou técnicas de ventriloquismo para tirar palavras de seu membro sexual e entrar no jogo. O que começou como uma brincadeira, foi se transformando em algo sério, e o pênis falante se demonstrou um excelente psicólogo, auxiliando meu cliente e sua colega a realizarem o ato que deixaram por incompleto. Feliz pelo desempenho, meu cliente continuou sua vida normalmente, usando com freqüência suas habilidades, e os conselhos de seu companheiro psicólogo, nos momentos de intimidade com as damas. Para sua infelicidade, a situação saiu do controle e o pênis falante começou a dominar suas relações sexuais e a fazer greves como demonstração de protesto. Desiludido e desacreditado, ele veio me procurar pra que, juntos, conseguíssemos reverter essa situação. Lembro que conseguimos; de certa maneira.
Outro paciente que tive na mesma época (e que também trabalhava no circo) havia sido um mágico muito famoso durante os anos 70. Ele teve um trauma recente que vinha lhe impedindo de realizar seus números de magia durante suas apresentações. Por ser um senhor muito reservado, me lembro de ter demorado 5 meses pra descobrir a origem de seu trauma; e mais 2 anos para ajudá-lo a superá-lo. Em uma certa noite, a atriz com quem namorava lhe fez um pequeno pedido, que envolvia strip-tease, algemas e algumas frutas. Mesmo envergonhado e recatado, ele aceitou, e no final de sua demonstração ridícula de falta de coordenação e total desconhecimento de técnicas de danças, resolveu enfeitar com um inesperado passe de mágica. Virou-se de costas para a parede, onde a luz refletia sua sombra em proporções gigantescas, abaixou-se e tirou um coelho do anus. A namorada nunca mais lhe dirigiu a palavra e, desde então, a vergonha lhe impedia de fazer qualquer coisa. Até de tomar banho.
Meu último paciente participou, não por sua vontade, desses ‘realities shows’ que inundam nossa programação televisiva diária. A namorada dele, na intenção de presenteá-lo, contatou o programa e armou tudo. Eles deram um jeito de guinchar o carro dele para, 1 semana depois, devolvê-lo totalmente modificado; e sem que ele suspeite de qualquer coisa. Essa era a idéia do programa. Mas, para que ele não ficasse sem locomoção, o programa lhe concedia um 'carro reserva', cheio de câmeras escondidas para registrarem seu descontentamento diário. Os telespectadores e a namorada se divertiam enquanto ele reclamava e xingava a desgraça que era o carro reserva... até o dia em que ele saiu com a melhor amiga da namorada e os dois fizeram sexo no apertado banco de passageiro do minúsculo veículo; até nessa hora ele reclamou. Perdeu a namorada em rede nacional. Pelo menos, o carro dele retornou, e a reforma havia sido sensacional.
16/dezembro/2005
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