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Já trabalho há 8 anos no penúltimo andar do Sears Towers em Chicago – terra dos Cubs, Bears e dos Bulls. Dizem que a vista daqui do alto é magnífica. Que, em dias com céu claro, é possível visualizar os estados de Illinois, Indiana, Wisconsin e Michigan no horizonte. Eu não saberia pois, em hipótese alguma, ousei abrir qualquer janela do meu escritório.
O que sei é que perco exatos 2 minutos e 11 segundos dentro do elevador, para descer do 109º andar até onde meu carro está estacionado – 2º subsolo.
Hoje saí mais cedo. Queria assistir ao jogo de baseball pela televisão. Estava sozinho e distraído quando, no 66º andar, entrou uma mulher linda, com cabelos sombrios como a morte, finos lábios rosados e vestindo uma camisa verde-clara de seda. Fingi desinteresse. Elevadores sempre geram um silêncio desconfortável e eu não colaborei em nada para que dessa vez fosse diferente. Encostei minhas costas no fundo do carro e fiquei observando, discretamente, a morena exuberante – ela mal se movia, concentrada no visor digital que anunciava a lenta descida. Eu jamais havia visto tanta beleza em uma mulher, principalmente aqui na 'Cidade dos Ventos'.Tinha pernas lindas e um bronzeado apagado pela rotina urbana. Não usava anéis, relógio ou colares; mas tinha um pequeno brinco de brilhantes adornando-lhe as orelhas. Chegamos ao térreo e ela, já impaciente, saiu com passos firmes da minha vida – tão rápido quanto tinha entrado. Continuei observando-a, agora despretensioso, quando ela parou a menos de um metro da saída do elevador, virou sua cabeça em minha direção e, enquanto a porta se fechava disse calmamente entre sorrisos:

– Olá Cláudio. Daqui pra frente, é só descida pra você...

E a porta se fechou!


15/setembro/2005