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Aparentemente eu tenho um dom natural que me coloca neste tipo de situação. Eu podia comer um bispo e perder em três jogadas, ou simplesmente aceitar logo a derrota, ir de encontro suicida em direção à torre e evitar todo o desgaste desnecessário. Esse era um dos motivos pelo qual eu a amava; tinha uma mente brilhante e jogava xadrez como ninguém.

Estávamos nessa partida há semanas e sempre que passávamos pela sala movimentávamos nossas peças, após o que, saíamos pra aproveitar o dia e a vida. Confesso que eu perdia boa parte desse meu gozo pensando em planos de ataque e táticas de defesa.

Ela, como era de se esperar, não gastava mais do que meros segundos com cada jogada, e só refletia sobre o assunto no momento em que parava em frente ao tabuleiro, pronta para dar continuidade a essa nossa troca silenciosa de forças. Nossa guerra-fria instituída. Até certo ponto, sempre acreditei que esse duelo de ‘reis’ nos privava de vários desentendimentos e de postergação de mágoas. Resolvíamos tudo ali. Mesmo que em silêncio, mas com todo o ódio que fosse inerente ao fato.

Já era nosso sexto jogo e eu parecia incapaz de aprender; movimentava sempre o bispo da forma errada, sub-utilizava os cavalos e perdia todos os peões em jogadas desesperadas na tentativa de conseguir uma nova dama. Acho que xadrez nunca foi mesmo o meu jogo. Adicionando a isso o meu desinteresse em auto-aperfeiçoamento, confesso que não conseguia melhorar a minha situação. Ela, por outro lado, era uma ótima adversária; e estava evidente que eu não estava nem próximo à capacidade necessária para desafiá-la.

Foi óbvio pra ela, que agiu sob reflexos gatunos e precisos em seu favor. Novamente, demorei a perceber tais evidencias: exatas 2 semanas sem que qualquer peça branca ameaçasse o meu rei, mal posicionado e totalmente desprotegido.


06/abril/2006